quinta-feira, 12 de março de 2009

Ainda sobre a chuva...


Ainda sobre a chuva e com uma música para abrir o post e a as cabeças:

Suplica Cearense – O Rappa

Oh Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair, cair sem parar

Oh Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso que o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Oh Senhor, eu pedi para o sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta, uma planta no chão

Oh meu Deus, se eu não rezei direito,
A culpa é do sujeito
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheio de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar, retirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
E agora o inferno queima o meu humilde Ceará

Oh Senhor, eu pedi para o sol se esconder um pouquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta, uma planta no chão ê ê

Ganância demais
A chuva não cai mais
Corro demais
Política demais
Tristeza demais
Interesse tem demais
Ganância demais
A Fome demais
A Falta demais
Promessa demais
Seca demais
A chuva não tem Mais
Ganância demais
Chuva tem não tem não tem é demais
Pobreza demais
Povo tem demais
O povo sofre demais…

Sem querer tirar os méritos do grande Luis Gonzaga o rei do baião, mas a versão do grupo O RAPPA, caiu como uma luva para o atual momento nordestino. O Gonzagão claro nunca ouviu falar na tal transposição das águas do velho Chico, mas nesta música que não é de hoje já se é possível perceber o problema da falta de água no sertão, representada pelo Ceará. E mais que isso é claro como para o nordestino é muito mais fácil conviver com a massacrante seca que com a abundância da chuva, problema de adaptação, a chuva tão esperada pelo nordestino quando vinda demais torna-se um problema bem maior que a seca.

E já que o Gonzagão não pode conhecer a transposição ele não teria como incorporar a letra da música um fator importante que O RAPPA brilhantemente conseguiu, que é toda a politicagem que existe no assunto transposição. Política, ganância, roubo, promessas e interesses demais....

Só que infelizmente:

“Transposição: Quem tem sede apóia”

quinta-feira, 5 de março de 2009

Ele voltou...


Mais uma música para iniciar o post:

Sou Ronaldo – Marcelo D2

Sou Ronaldo
Muito prazer em conhecer
Eu sou Fenômeno
Ronaldo Nazário dos Campos
E quero muito agradecer a Deus por ter-me escolhido no meio de tantos
Igual a todo brasileiro, eu sou guerreiro
Às vezes caio, mas eu me levanto (é parceiro)
Mas eu me levanto

Sou Ronaldo
O desafio sempre esteve e estará em minha vida
E eu já nem me espanto
E se o mundo é uma bola, a gente tem que entrar de sola pra ganhar o campo
Eu não me intimido e parto pra cima
E só me contento ao ouvir a galera entoando esse canto

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

Sou Ronaldo
Nasci no Rio de Janeiro
Alô-alô, Bento Ribeiro, minha área
Eu sou Ronaldo
Jogo na linha, a nove é minha
Ninguém tasca eu vi primeiro
Artilheiro, eu sou Ronaldo
O meu desejo é ser criança
E não perder a esperança de ver o jogo mudar
Eu sou Ronaldo
A minha fome é de bola
A minha sede é de gol
Balança a rede, eu sou Ronaldo
Sou de suar minha camisa
Conquistar minha divisa
Eu já provei que eu sou Ronaldo
E se você não acredita que eu não sou de fazer fita
É só esperar pra ver (ver, ver, ver...)

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

E quando o tempo é de Copa
Os gringo fica ligado
Mais de 170 milhões são Ronaldo
R9, todo mundo sabe:
Homem-gol!
Tu é Ronaldo, o Brasil é e eu também sou
Qualquer problema, meu cumpade
Tiro de letra
Tô sempre pronto
Já ouviu?
A pátria tá de chuteira
Perrengue a gente passa
Eu nunca tô de bobeira
A bola quica
Eu pego ela de primeira

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

Sou Ronaldo
Nasci no Rio de Janeiro
Alô-alô, Bento Ribeiro, minha área
Eu sou Ronaldo
Jogo na linha, a nove é minha
Ninguém tasca eu vi primeiro
Artilheiro, eu sou Ronaldo
O meu desejo é ser criança
E não perder a esperança de ver o jogo mudar
Eu sou Ronaldo
A minha fome é de bola
A minha sede é de gol
Balança a rede, eu sou Ronaldo
Sou de suar minha camisa
Conquistar minha divisa
Eu já provei que eu sou Ronaldo
E se você não acredita que eu não sou de fazer fita
É só esperar pra ver.

Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol
Rooooooooooooooooo, Ronaldo é gol

Já sabem quem voltou, não sabem?

Após 1 ano e 19 dias ele voltou.

Pois é, ele voltou, e para mim não importa se gordo ou magro, cabeludo ou careca, fazendo gols ou perdendo, se no clássico com o Palmeiras (que com a derrota de ontem e a vitória do Sport hoje pode se considerar fora da Libertadores) ou contra o modesto Intubiara do Túlio maravilha, se jogando o tempo todo ou apenas 27 minutos (e mesmo assim conseguiu jogar mais que o Sousa) e o principal se com a camisa do Corithians ou com a camisa da Seleção brasileira (mas de preferência com a 9). O que importa é que Ronaldo voltou. Ainda fora de forma é verdade, foi facilmente possível ver como ele estava cansado com apenas 10 minutos em campo, mais o que importa é que Ronaldo voltou.

Minha admiração por Ronaldo não vem de hoje, da mesma forma que não vem da época do seu auge no Barcelona, mas sim desde quando ele caiu e deu a volta por cima. Depois de toda a repercussão da copa de 1998 na França, depois de 2 cirurgias complicadas e mesmo quando ninguém acreditava mais nele, ele se reergueu e ganhou sua segunda copa do mundo pelo Brasil, com direito a artilharia e a assinalar 2 gols na grande final contra a Alemanha do pequeno Oliver Kanh, e que a FIFA para minimizar o passeio brasileiro naquela final deu o titulo de jogador da copa para um goleiro, pela primeira vez em todos os mundiais e para um goleiro que entregou a bola nos pés daquele que deveria ser o melhor daquela copa. Ele simplesmente conseguiu calar a boca de um mundo todo, inclusive dos críticos que recriminaram o Felipão por ter o escolhido no lugar de Romário. Não é a toa que o cara carrega com sigo o apelido de Fenômeno.

Para falar a verdade eu não espero a volta daquele Ronaldo das copas de 1998 e 2002, onde ele pegava a bola e arrancava como um foguete sem nem dar bola para a marcação, mais espero o Ronaldo com aquele mesmo faro de gol, aquele posicionamento que poucos têm, e se querem gols, pode ter certeza que ele vai fazer e espero que não apenas no Corinthians, pois ainda sonho com muitos gols do Ronaldo na seleção e de preferência com aquela narração. “ÉGoooooooolllllllll, eéééééééééééééééé do Brasil, Rooooooonaaaaaaaaldinhoooooooooooooooooooooooooooooooo, camisa número 9.

Parabéns Ronaldo não só pelo seu dom com a bola no pé, mais também pelo exemplo de vida e de superação que você é para nos brasileiros e para todo o resto do mundo.

E para quem ainda dúvida do que ele é capaz vou mostrar alguns números do fenômeno.

Prêmios individuais:

  • Melhor jogador do mundo pela FIFA em 1996, 1997 e 2002
  • Segundo melhor jogador do mundo pela FIFA em 1998
  • Terceiro melhor jogador do mundo pela FIFA em 2003
  • Chuteira de ouro em 1997
  • Melhor jogador da Europa pela revista Onze de Oro em 1997 e 2002
  • Melhor jogador na final do Mundial Interclubes em 2002
  • Melhor jogador do mundo pela revista World Soccer em 1996, 1997 e 2002
  • Troféu Bravo em 1997 e 1998
  • Bola de ouro pela revista France Football em1997 e 2002
  • Melhor jogador da Copa do Mundo pela FIFA em 1998

  • GoldenFoot em 2006

Artilharias:

Títulos

Cruzeiro

PSV Eindhoven

Barcelona

Internazionale

Real Madrid

Seleção Brasileira

Algumas curiosidades

  • Atuando pelo Cruzeiro, Ronaldo explodiu para o mundo. Em uma de suas memoráveis partidas ele marcou 5 gols na partida Cruzeiro 6 X 0 Bahia. Em um dos gols, o goleiro Rodolfo Rodriguez havia encaixado a bola depois de um chute do jogador Nonato. Mas o arqueiro foi amarrar as chuteiras e deixou a bola no chão. Ronaldo, que estava ali por perto, se aproveitou da ocasião, tirou a bola e tocou para o gol.
  • É atualmente o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo[1], com 15 gols. Em 1998, foram quatro gols; em 2002, foram oito, marca que lhe rendeu a artilharia daquele mundial e, em 2006 três gols, superando a marca de 14 gols em Copas do Mundo de Gerd Müller, da Alemanha.
  • É o segundo maior artilheiro da Seleção Brasileira com 73 gols em 112 partidas, perdendo apenas para Pelé com 95 gols.
  • Foi o mais jovem jogador a receber o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA com apenas 20 anos, em 1996.

Eu não duvido dele, e você?


quarta-feira, 4 de março de 2009

Meu curso

Hoje vou falar um pouco não do meu curso, mas sim como eu consegui ingressar nele.

Nunca gostei muito de estudar e sempre fui presença certa nas provas finais. Estudei boa parte de minha vida no colégio Pio XI, mais onde terminei mesmo o ensino médio foi no bom e velho supletivo, pois é lá onde se recupera todo o tempo perdido. Pura ilusão, provas fáceis e sem nenhum embasamento, passei fácil. Mais onde eu paguei todos os meus pecados foi no cursinho, lá no Objetivo vestibulares. Fiz 3 anos de cursinho e posso dizer que nesses 3 anos eu aprendi mais que todo s anos de ensino médio.

Primeiro vestibular eu passei, prestei para Comunicação Social – Publicidade e Propaganda em uma faculdade aqui de João Pessoa a Asper. Foi uma alegria só, com direito a raspar cabelo e tudo. Cursei apenas um semestre, tempo suficiente para eu conseguir enxergar que não era aquilo que eu queria. Meu sonho era ser Veterinário. Então mãos a obra, ou melhor, aos livros, estudei sério e chegou a hora da verdade, chegou o vestibular. Prestei para 2 instituições; Medicina Veterinária na UFCG e Ciências Biológicas na UFPB, a primeira fase eu passei nas 2, só que na segunda fase eu não dei conta do recado, ainda faltava bagagem para conseguir a aprovação. Mais um ano de cursinho e novamente prestei para as 2 instituições, e mais uma vez consegui passar pela primeira fase e fiquei no quase na segunda, pelo menos as coisas estavam caminhando não passei por causa de 7 candidatos que futuramente na 2° chamada diminuíram para 4 e por aí ficou. Fazer o que né, e lá vou eu para mais um ano de cursinho. Quando chega na metade do ano eu soube de um curso novo de veterinária, na cidade de Garanhuns em Pernambuco. E fui, com a cara e com a coragem mais fui. Fiz a inscrição e fui embora para Garanhuns, 2 horas de ônibus para Recife e depois mais 4 horas de ônibus para chegar a Garanhuns, cidade pela qual eu me apaixonei, nunca tinha visto nada igual e em pleno agreste Pernambucano. Procurei uma pousada e cometi uma das maiores gafes de minha vida. Cheguei na pousada, escolhi o quarto, peguei a chave e fiz a maldita pergunta:

Pablo: O quarto possui ar-condicionado?

Secretaria: Olha só, ar ele não possui. Mais possui um aquecedor e 2 mantas na cabeceira da cama e que por sinal acho que no meio da madrugada o Sr. Vai me pedir mais uma.

Pablo: Desculpa então e obrigado.

Foi podre, a verdade é que eu não sabia que fazia uma temperatura tão baixa em Garanhuns, e naquela noite o termômetro chegou a exatos 9°C, e infelizmente eu fui pedir a terceira manta para a secretaria.

No outro dia, já era o dia da prova, muito boa por sinal, só que com um problema as provas de história e geografia só falava de Pernambuco, não que as provas da Paraíba não fale sobre a Paraíba, só que nas provas daqui eles reservam apenas 2 questões das 8 de cada disciplina para falar sobre história ou geografia paraibana. Na prova da UFPE eram 6 de 10 questões falando sobre Pernambuco, só que quem era eu para reclamar, fiz as provas e voltei para João Pessoa, e um mês depois saiu o resultado. Eram 100 vagas e eu fiquei em 103° lugar e por míseros 0,4 décimos, foi então que pensei; Maravilha vou ser chamado e vou passar 4 anos naquela cidade perfeita, só que alegria de pobre dura pouco, e lembrei que o vestibular era especial e não havia uma segunda chamada, foi uma ducha de água gelada em toda a minha felicidade.

Sem problemas, voltei aos estudos e de repente me apareceu a oportunidade de trabalhar em um pet-shop. Minha Cria Veterinários agarrei a oportunidade com as 2 mãos, neste ano estava fazendo cursinho pela manhã e havia saído do Objetivo, pois ele tinha fechado, estava no Ie, onde assim que apareceu a proposta de trabalho transferi o cursinho para a noite. Foi uma experiência maravilhosa a clinica estava praticamente cursando toda a parte pratica da veterinária e de uma forma muito mais aplicada, acompanhei de perto uma porrada de cirurgias e vários casos clínicos, aprendi os nomes dos remédios e para que cada um deles servem, já estava praticamente formado quando uma noticia me chamou a atenção. A UFPB abre novo Campus no litoral norte com vários cursos novos, entre os demais o curso de Ecologia. Foi quando lembrei de minha mãe e lembrei de que ela sempre me falou; “Meu filho você não é um peixe para viver no aquário e sim no oceano” então juntei as peças e vi que cursando veterinária eu seria capaz de lidar apenas com os animais e na Ecologia não todo o ecossistema estaria em minhas mãos. Levantei a cabeça e fui fazer a inscrição.

Fui fazer a prova e na saída não estava tão esperançoso, não peguei gabarito para não criar expectativas, não estava acreditando na aprovação, só que quando o resultado saiu ele foi bem melhor que todas as minhas melhores expectativas. Passei na 14° colocação em uma concorrência de 7. Estava realizado, agora era só esperar as aulas começarem e entender porque os estudantes da UFPB tanto falam que em toda vida acadêmica temos apenas 2 felicidades. Uma quando entramos e outra quando saímos.

Assim foi que consegui o meu ingresso no curso de Ecologia da UFPB, no próximo post eu falo mais um pouco sobre o meu curso e como estou realizado.